quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Histórias de personagens criados por gênios.


Conhecendo um pouco as características de personagens que nos fazem refletir a nossa vida em sociedade , através , de tirinhas, filmes,histórias em quadrinhos e livros. Sabedoria com simplicidade e muito talento. 
Linguagem visual. 
Sou fã de vocês!

“Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade...“
Walt Disney

Viver é desenhar sem borracha. Millôr Fernandes
   Análise psicológica e física das personagens.

Primeira personagem : Mafalda  e sua turma 
Autor: Quino

Família eh, família ah, família!


 “Na vida real, eu nasci em 15 de março de 1962″, disse Mafalda em uma carta de apresentação. Nesse ano, o escritor Joaquín Lavado “Quino” se propôs a fazer uma campanha publicitária para eletrodomésticos. A agência queria algo pouco detalhado: uma família de classe média, com um personagem cujo nome começasse com as letras M e A. Você já imagina o que surgiu.
Embora o projeto publicitário não tenha se realizado, Quino guardou as tirinhas e elas passaram a ser publicadas, em 1964, na revista Leoplán. Em poucos meses, a pequena Mafalda já havia se tornado uma celebridade e, de certa forma, um ícone da infância.
Com uma tartaruga chamada “Democracia” (assim batizada pela lentidão que tem p’ra tudo), a paixão pelos Beatles e um pavor absoluto de sopa, ela conta com a ajuda de seus amigos Felipe, Manolito, e Susanita – e posteriormente a pequena Liberdade (alguma coincidência?) e seu irmão Guille. Cada um trazendo  indagações a seu modo. Outro aspecto interessante das tirinhas é que as frases, como “Comienza tu día con una sonrisa, verás lo divertido que es ir por ahí desentonando con todo el mundo” se tornaram clássicas, e são facilmente reconhecíveis.Quino decidiu acabar com a publicação das histórias em 25 de Junho de 1973. Desde então, ainda desenhou Mafalda algumas poucas vezes, principalmente para as campanhas de Direitos Humanos.
Atualmente, as tirinhas são muitíssimo conhecidas pelos vestibulandos. Contudo, recomendo que sejam lidas sem compromisso, com calma e saboreando cada genial nuance da história. Se você pretende começar, sugiro o blog Clube da Mafalda, onde há diversas tirinhas disponíveis. Sugiro as tirinhas também como um excelente modo de incentivar crianças à atitude filosófica.É interessante salientar ainda que apesar de Quino ser contrário à ideia de uma adaptação ao cinema ou teatro, um desenho animado foi realizado por Carlos Marquez em 1982. Ele (o desenho) continua pouco divulgado e conhecido.

    Mafalda é a personagem principal da obra e foi criada em 1963 por Quino, cartunista argentino. Ela surgiu em função de um comercial de uma empresa de eletrodomésticos, que deveria ter como protagonista uma família de classe média e o nome de um dos personagens deveria fazer alusão a marca dos eletrodomésticos que começava com as iniciais M e A. Para atender a esse objetivo o autor batizou a filha do casal com o nome de Mafalda. No entanto, o cliente da agência não aprovou e o trabalho de Quino ficou arquivado.
    Em 1964 Mafalda estreia quando Quino é convidado a colaborar com vinhetas satíricas em um seminário na Argentina, chamado “Primera Plana”. Posteriormente, Mafalda é publicada em vários jornais e em 1969 foi editado o primeiro livro, surgindo pela primeira vez no Brasil na década de 1970, nas páginas de uma revista de pediatria e pedagogia destinada aos pais. Em 1979 a editora europeia Bompiani reúne todas as tiras e cria o livro  Toda Mafalda que foi lançado no Brasil em 1981, livro que será objeto de análise deste estudo, que reúne todas as tiras escritas por Quino.
     A personagem Mafalda é uma menina que no início da história está com cinco anos e vai começar a frequentar o jardim de infância. Contestadora e inconformada com a maneira como o mundo é, questiona tudo o que a incomoda, tal como: o que ocorre no Vietnã, na China e no mundo, possui um vocabulário muito complexo para sua idade e odeia tomar sopa.
O Autor:
     Quino nasceu em Mendoza, Argentina, em 1932. Em 1949 abandonou a Faculdade de Belas Artes determinado a desenhar quadrinhos. Conseguiu vender sua primeira história em quadrinhos em 1950 – uma propaganda para uma loja de sedas. Em 1978 ganhou o Troféu Palma de Ouro, do Salão Internacional do Humorismo de Bridigher. Foi eleito Desenhista do Ano em 1982.

Quino celebra os 45 anos de Mafalda

A famosa personagem de tirinhas ganha estátua em 

Buenos AiresMa falda - 

MAFALDA celebrou 45 anos no dia 29 de setembro. A personagem, criada por Quino para um anúncio de eletrodomésticos, se tornou uma grande comentarista da situação mundial e da realidade política e econômica da Argentina.

Mafalda e o criador da personagem, Quino
    Em Buenos Aires, Quino participou da cerimônia de inauguração da estátua (de 80 cm) da personagem. O local escolhido foi a Rua Chile, que serviu de cenário para as tiras publicadas na década de 1960. Mafalda também está numa placa na entrada do prédio de número 371, onde o desenhista morou e onde a personagem desconfiava ter vivido. 

    A menina de seis anos, que odeia sopa e adora os Beatles e o desenho Pica-Pau, continua com fama no mundo inteiro. As tirinhas estão reunidas na coleção O mundo de Mafalda, lançada em 2000 pela Martins Editora.

A Obra:
 Mafalda foi publicada nos jornais argentinos entre 1964 e 1973( data aproximada). A personagem apareceu pela primeira vez em 1962, mas Quino considera que o aniversário se dá em 29 de setembro de 1964, dia em que foi publicada pela primeira vez na imprensa. As tirinhas receberam – e ainda recebem – diversos prêmios e já foram traduzidas para mais de 20 idiomas.

Conheça as personagens da tira da Mafalda

1.Mafalda: A personagem principal, uma menina de seis anos de idade, que odeia sopa e adora os Beatles e o desenho Pica-Pau. Ela se comporta como uma típica menina na sua idade, mas tem uma visão aguda da vida e vive questionando o mundo à sua volta, principalmente o contexto dos anos 60 em que se encontra. Tem uma visão mais humanista e aguçada do mundo em comparação com os outros personagens.

2.Papai (Pelicarpo): O pai trabalha em uma companhia de seguros, adora cultivar plantas em seu apartamento e entra em crise quando repara na sua idade.


3.Mamãe (Raquel): Típica dona de casa, não completou os estudos (por isso é vista como medíocre pela Mafalda), entra em conflitos com a filha quando prepara sopas e macarrão.


4.Filipe: Um sonhador que odeia a escola, mas que frequentemente trava intensas batalhas com sua consciência e seu senso nato da responsabilidade. Foi inspirado pelo jornalista Jorge Timossi, um amigo de Quino. (19 de janeiro de 1965), morador do mesmo prédio e primeiro amigo de Mafalda, um sonhador que odeia a escola, mas que frequentemente trava intensas batalhas com sua consciência e seu senso nato de responsabilidade. Inseguro do futuro, apaixonado por Brigitte Bardot, a musa dos anos 60. Leitor entusiasmado das histórias em quadrinhos do "Cavaleiro Solitário", acredita em tudo que lê nos jornais. Tem idéias grandiosas, que são sempre frustadas pelos amigos, o que invariavelmente o faz ficar amargurado. Eu diria que ele é o contraponto da protagonista. É aquele com o qual Quino, seu criador, mais se indentifica, foi baseado em um seu amigo de infância chamado Jorge Timossi.

5.Manolito: O filho de um comerciante, mais preocupado com os negócios e dinheiro do que com outra coisa, não gosta dos Beatles e é um estudante que tira notas baixas (menos em matemática, por causa das contas que aprende no mercado do pai). Representa o conservadorismo capitalista na obra, apenas pensando no lucro do armazém de seu pai. Também adora inflações dos preços, pois assim acha que está lucrando.  (Manuel Goreiro "Manelito", 29 de março de 1965), É filho de Don Manolo, imigrante espanhol dono de uma mercearia, de quem herdou os traços fisionômicos e a vocação para o comércio. Seu grande sonho é crescer e ser dono de uma cadeia de supermercados. Materialista, caracteriza-se por sua brutalidade, pela descrença quanto às coisas do espírito – a ele não lhe agradam os Beatles –, tendo uma visão prática do mundo. Admira os norte-americanos, por sua riqueza, e está sempre imaginando formas de se tornar igual a eles (do que não se excluem artimanhas para fazer com que os amigos comprem mais coisas no armazém de seu pai...). Apesar de tudo, no entanto, é um trabalhador abnegado, o que não impede que em várias ocasiões demonstre, até mesmo de forma ingênua, uma grande capacidade de afeição pelos demais personagens da série.


6.Susanita: Uma menina fútil. Seu único objetivo na vida é encontrar um marido rico e de boa aparência quando crescer e ter uma quantidade de filhos acima da média. É uma grande fofoqueira e egoísta, e sempre encontra um jeito de falar sobre o vizinho do irmão da cunhada de alguém.
(Susana Beatriz Clotilde Chirusi, 06 de junho de 1965), Uma menina fútil. Seu único objetivo na vida é encontrar um marido rico e de boa aparência quando crescer, e ter uma quantidade de filhos acima da média. É uma grande fofoqueira e egoísta, e sempre encontra um jeito de falar sobre o vizinho do irmão da cunhada de alguém. Sempre fora da realidade, busca não se envolver com os problemas do mundo e prende-se às aparências. Enquanto Mafalda personifica a mulher liberada que busca se colocar em pé de igualdade em relação ao sexo oposto, Susanita é a visão tradicional do papel da mulher na sociedade, o que ocasiona frequente atrito entre as duas meninas.

7.Guille "Gui": O irmão caçula da Mafalda, esperto para sua idade, é retratado como uma criança que começa a perceber o mundo.  (Guillermo, "Guilherme", 1968), Mais do que um representante do embate pais e filhos, personifica, em sua relação com Mafalda, a diferença de opiniões entre gerações separadas por apenas alguns anos. A partir do aparecimento do irmão, a protagonista passa a representar a crítica ao mundo constituído, fechando-se na reflexão abstrata, na visão realista da sociedade em que vive, e assumindo uma agudeza conceitual à qual não cabem mais os sorrisos e brincadeiras que eram tão comuns antes de se tornar a filha mais velha. Nesse novo papel, ela tem que responder para o irmão as mesmas perguntas embaraçosas que antes colocava aos pais.

8.Miguel "Miguelito": Amigo de Mafalda, um pouco mais jovem do que os outros. Filho único, com um personalidade única, mas com um coração enorme. Miguelito tem dificuldade de compreender o que Mafalda pensa, sempre entendendo os conselhos de sua amiga de maneira literal. Além disso é um personagem egocêntrico, que parece achar que o mundo gira à sua volta.


9.Liberdade: Uma minúscula menina. Todos fazem o comentário óbvio sobre seu nome. Gosta das coisas simples da vida e seus pais são jovens idealistas, a mãe é tradutora, o pai trabalha em um "empreguinho", por isso moram em um pequeno apartamento. (Libertad, 15 de fevereiro de 1970), é a última a aparecer na tira, filha de pais hippies, pequena e contestadora, é uma metáfora da própria Liberdade, um permanente incômodo para todos.Gosta das coisas simples da vida, e se torna a válvula de escape para idéias que estavam no ar durante o período que Mafalda não podia dar voz, devido a suas características esquemáticas.

10.Burocracia: É a tartaruguinha dada por seu pai a Mafalda e Guile. Foi batizada por Mafalda por ser tão vagarosa, só aparece a partir do livro "as férias da Mafalda".
          “ A análise desta obra à luz das virtudes aristotélicas torna-se um importante instrumento para se conhecer a formação do homem, a maneira como estão postos tanto os vícios quanto as virtudes na sociedade. Quais são virtudes discutidas por Aristóteles que possuem ou não, especificamente, as personagens Mafalda e Susanita? Que relação é possível fazer entre as virtudes aristotélicas, as características das personagens de Mafalda e o ideal de homem traçado pelas políticas públicas nacionais? Ao verificar e discutir esses aspectos, relacionados com a visão de homem objetivado nas políticas públicas educacionais brasileiras, acreditamos ser possível refletir a respeito da necessidade de trabalhar nas escolas tais valores para que a sociedade possa incorporá-los, uma vez que têm se tornado cada vez mais raros na contemporaneidade.”


CONHECENDO AS PERSONAGENS
   Mafalda mora com os pais. Seu pai é um homem trabalhador  cujo  lazer  é  cultivar plantas. Para Mafalda sua mãe, dona de casa, é uma pessoa medíocre, porque  não possui diploma.
    Essa visão de mediocridade pode ser percebida nas tirinhas , no momento em que ela quer confortar sua mãe por estar preocupada porque ela vai começar a estudar no jardim de infância. Posteriormente com cinco anos de idade, Mafalda têm muitas dúvidas de como será na escola, quer saber se vai ganhar um diploma quando terminar o jardim de infância, está preocupada se terá que ir embora após concluir esta fase, acredita que em um dia é possível  aprender a escrever e se decepciona antes mesmo de ter ido à escola quando Filipe diz que leva meses para isso.


OBS.: jardim de infância não tem hífen. REFORMA ORTOGRÁFICA

       Mafalda é uma menina critica, questiona as coisas que ocorrem a sua volta, não está
satisfeita com a educação, acredita no futuro, tem esperança que o mundo pode melhorar. Ela
questiona porque as pessoas são acomodadas. É uma menina que está sempre informada sobre o que ocorre no mundo e gosta de assistir jornais.
Figura 3: QUINO, 1993, p. 15 

   Um exemplo disso (figura 3) é quando ela está na sala de aula e fica insatisfeita, pois a professora está ensinando frases com  palavras iniciadas pela letra M e ela acha aquilo sem importância. Sua expectativa era aprender sobre o mundo, sobre a política. Nesse  contexto,Mafalda está com seis anos de idade, vai iniciar o primeiro ano, entusiasmada  pois vai aprender ler e a escrever.  Em outra tirinha, Mafalda fica, inicialmente feliz,  quando a professora passa como tarefa para casa fazer risquinhos, no entanto, passa a se incomodar com esse método de ensino tradicional, pois ela acreditava que iria aprender, já no primeiro ano, noticias relacionadas ao mundo e ao invés de apenas conteúdos de alfabetização.
    Praticamente em todo o momento da obra de Quino percebe-se que Mafalda tem a mentalidade de um adulto e, por alguns instantes, ela resolve brincar. Na figura 4, Filipe fica admirado ao ver Mafalda com um carrinho de boneca brincando de mamãe.  Nesse dia  ela resolve brincar, pois seu dia anterior foi péssimo. Na escola a professora havia brigado com ela, teve que comer a sopa que tanto odeia, então, para esquecer da frustração, acredita que precisa fazer coisas de criança para não se magoar.

      Retomando Aristóteles, ao analisar os quadrinhos acima, é possível perceber que a personagem Mafalda possui uma série de virtudes tanto intelectuais quanto morais. No que diz respeito às virtudes morais, aquelas que segundo Aristóteles são adquiridas por meio do hábito, a personagem  apesar da pouca idade, possui muita coragem ao assumir posicionamentos firmes em assuntos polêmicos, como o governo, a guerra e a qualidade da
educação. Mafalda possui ainda a temperança, a calma. Segundo Aristóteles, o homem que se encoleriza por motivos justos com coisas e pessoas certas são dignos de ser louvados.
     
      Outra característica marcante de Mafalda é o seu senso de justiça que, segundo a concepção aristotélica, é a disposição de caráter que leva a pessoa a fazer e desejar aquilo que é justo. O homem justo é aquele que cumpre e respeita a lei. A injustiça leva a pessoa a desejar o que é injusto, quem age com injustiça é ganancioso.
Mafalda também possui virtudes intelectuais como o conhecimento científico, a sabedoria prática e filosófica, a inteligência e a amizade. Para Aristóteles, o homem dotado da sabedoria prática é capaz de deliberar sobre o que é o bem e o que é o mau para si, e saber o que é bom para si é ter conhecimento. A  sabedoria filosófica é fruto do conhecimento científico  combinado com a razão intuitiva, e a personagem analisada apresenta  ambas  de
forma inequívoca. Da mesma forma, encontram-se presentes na personalidade de Mafalda a
inteligência e a amizade.
    Diferente de Mafalda, Susanita é uma menina que vive sonhando. Seu único objetivo é casar e ter filhos, sofre só de pensar na possibilidade de não constituir família, não gosta de ir à escola, pois para ela a vida é a melhor escola. Ela acredita que é necessário apenas saber ler, escrever e fazer contas (figura 12) é uma menina fútil, fofoqueira, preconceituosa e egoísta, implica com Manolito, pois acha que ele é um exemplo de bestialidade.
   Uma das características de Susanita fica explícita quando seus amigos Mafalda e Fllipe estão contentes com a professora e ela (figura 13) está brava porque a sua professora pediu para fazer uma página de risquinhos e isso para ela é muito porque as pessoas não querem trabalhar e a professora precisa entender isso. 
      Para Susanita ser mulher é saber lavar, passar e cozinhar, e quem não sabe fazer isso é menos mulher .
     Mafalda e Susanita são personagens do argentino Quino.  Resumidamente (bem resumidamente): a Mafalda vive questionando o mundo à sua volta, já a Susanita vive sonhando em se casar e ter seus "hijitos". Por isso, quando estou em uma fase mais crítica me vejo mais como a Mafalda e quando penso no casamento, brinco com minhas amigas, estou mais pra Susanita (aliás, o -ita já virou diminutivo querendo indicar essa condição rsrs).
       Até no filme "O segredo dos seus olhos" há uma parte em que um personagem diz: "Y la mina tiene más ganas de casarse que Susanita..."
Mas será que não há um equilíbrio entre essas duas versões femininas? Será que ou só podemos ser Mafaldas ou só Susanitas? Bom, o objetivo do blog não é responder isso. Na verdade o objetivo é falar de um momento mais Susanita e toda a ansiedade do casamento, mas sem deixar o lado Mafalda da vida.
    Destacamos a seguir, mais algumas tiras, por meio das quais, é possível conhecer e compreender melhor algumas das principais características de Susanita. Dentre essas características, destacamos a imaturidade da personagem, sua alienação, seu descaso com os pobres, com a superpopulação mundial, assim como o preconceito, a vaidade, o egoísmo, entre outras características que deveriam ser evitadas, constituindo-se em ações inadequadas, justamente em função de tais características destoarem de uma atitude equilibrada, isto é, do meio termo defendido por Aristóteles.

        Diante de duas personagens tão distintas entre si, considerando a concepção de homem que a escola deve formar e a atual qualidade da educação no país, acreditamos ser importante refletir sobre o processo educacional. Uma questão que se coloca, pensando na discussão elaborada neste estudo, é: em nossas escolas que tipo de pessoas estão sendo formadas Mafaldas ou Susanitas?
     As atuais políticas públicas, ao indicar como objetivo da educação a formação do indivíduo para a cidadania, estabelece, ao menos em tese, que o tipo de pessoa que deve ser formada na escola é alguém como a Mafalda, uma pessoa crítica, consciente, preocupada com os conflitos sociais de sua época, alguém que questione processos ineficientes e demasiadamente burocráticos, um sujeito exigente e que luta pelos seus interesses.
      Por outro lado, as condições materiais estabelecidas em nossa sociedade, o descaso pela educação pública, a má formação dos professores, a falta de investimento na educação, saúde, segurança, a falência das  instituições sociais (família, igreja, comunidade, escola), entre tantos outros problemas, que influenciam diretamente a qualidade da escola pública brasileira, expressam por meio dos baixos índices de eficiência educacional, que o sujeito que os professores tem formado é alguém parecido com a personagem Susanita.
     Aos professores, cabe uma reflexão a respeito da própria prática docente, associada à questão posta no primeiro parágrafo dessas considerações finais. Que tipo de sujeito está sendo formados por meio de suas práticas docentes? O que precisa ser mudado para que se consiga formar cidadãos a exemplo de Mafalda?
     Aos pais,  principais  responsáveis pela educação dos filhos, também colocamos a mesma questão e  indagamos que ações estão tomando para fornecer bons homens à sociedade? O que desejam para o seu futuro de seus filhos? Como educar uma criança ao estilo de Mafalda?      Ao buscar soluções para tais questões, acreditamos que cada um estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, como imaginava Aristóteles, uma 20 sociedade composta por homens virtuosos, ou seja, fortes, corajosos, temperantes, justos,cujas ações objetivam o bem, e cujos membros sejam realmente felizes.



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A leitura engrandece a alma.VoltaireQuino e Mafalda




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Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.
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